A banda que embalou o jogador Kaká A Renascer Praise já existe há 15 anos e toca muitas canções compostas por bispa Sônia.
A imagem do jogador Kaká de braços erguidos, comandando o ritmo e o coro de fiéis da Igreja Renascer em Cristo no evento de anteontem rodou os jornais do País. Membro mais ilustre da paróquia evangélica, Kaká roubou para si as atenções da mídia e a tietagem, mas atrás dele, uma força ainda maior do império da Bispa Sônia Hernandes se apresentava.
Muito além da bandinha que anima os corais das liturgias nos cultos semanais, a banda Renascer Praise (do inglês ‘louvor’) tem uma carreira de fazer inveja a músicos veteranos. São 15 anos de estrada, 14 CDs lançados e, ao longo dos anos, mais de três apresentações ao vivo em um lotado estádio do Pacaembu. O grupo é também pioneiro: em 2000, lançou o primeiro DVD do gênero no Brasil, e a gravação foi feita ao vivo na cidade de Beht-Shean, em Israel.
Sob o comando do pastor Esdras Gall, 43 anos, o grupo Renascer Praise tem hoje porte de orquestra: são 200 componentes entre cantores, coristas e instrumentistas a cargo do repertório gospel ao estilo musical de influência norte-americana. Só no backing vocal, são 40 integrantes. E mesmo com a megaprodução, a banda segue religiosamente a rotina de tocar e cantar nos cultos de quarta e domingo, às 19h.
“Nossos shows são evangélicos, mas no fundo nossa música vai além da religião, fala de fé, de motivação ao espírito”, diz Esdras, que também é saxofonista. Sua história se confunde com a do próprio grupo, que o fez tornar-se músico profissional.
“Nossa música não é pra pular, para chorar, vai além da poesia de uma canção qualquer”, define o músico. “Não é para ser só mais um passatempo.” Um dos principais feitos da Renascer Praise, para Esdras, foi reunir mais de 700 mil pessoas durante as edições da Marcha Para Jesus, evento ao ar livre organizado pela Igreja Renascer. “Já superamos até a Parada Gay. Este ano, foram mais de 4 milhões de pessoas nas ruas, e tivemos a chance de nos apresentar a todo esse público em São Paulo”, destaca.
Filho de evangélicos, Esdras trabalhava com engenharia quando, aos 28 anos, nos cultos da Renascer, recebeu da bispa o convite para formar o coral da igreja, ainda na década de 90. Foram “as perambulâncias da vida”, como ele mesmo define, que o levaram, aos poucos, à verdadeira vocação. O comando do grupo, ele esclarece, é de Sônia. “É ela quem escreve grande parte das letras que fazemos, é quem decide quem entra na banda. A bispa Sônia é a cabeça”, conta Esdras.
Em 2007, mesmo quando esteve presa em Miami, ela ministrou os trabalhos durante as gravações do 14º álbum, Praise 14, com ajuda de equipamentos de alta tecnologia, que eliminaram o efeito delay (atraso). Dos Estados Unidos, a bispa ministrou cada louvor e sua imagem foi exibida em um telão. Daqui do Brasil, músicos tocaram sob suas marcações.
O evento de segunda-feira marcou o início da construção do novo templo do Cambuci, que desabou no início do ano, em uma trágédia que matou 9 pessoas e feriu mais de uma centena. “Em janeiro foi o nosso 11 de setembro”,diz Esdras com a voz embargada, em menção aos atentados em Nova York em 2001. “Eu estive lá quando o teto desabou e ajudei a retirar corpos dos escombros. Vivenciei uma desgraça. Mas agora podemos voltar a celebrar”, diz o líder da banda. “Podemos dizer que nosso sentimento estava diametralmente inverso ao que está agora.”
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